medo

Quem tem medo do Psiquiatra?

Quem nunca escutou a canção infantil do Lobo Mau e os Três Porquinhos?

“Quem tem medo do lobo mau

Lobo mau, lobo mau?

Quem tem medo do lobo mau

Lá lá lá lá lá”

Pois é, várias vezes vejo no consultório o medo ou o preconceito que as pessoas têm do psiquiatra ou do psicólogo. Essas são algumas das “pérolas” que escuto:

“Ir ao psiquiatra pra que? Eu não sou doido?”

“Depressão, Ansiedade ou Transtorno do Pânico são bobagens! O que falta é força de vontade!!!”

“Eu não preciso de psiquiatra ou psicólogo! É só conversar com um amigo…”

“Já sei quais são os meus problemas! Ninguém pode resolvê-los pra mim!”

É claro que se uma pessoa está bem, sem sintomas ou queixas, ela tem mais é que aproveitar a vida! Eu diria para ter responsabilidade, trabalhar com o que gosta, ter uma boa alimentação, praticar atividade física, ter um hobby por mais louco que pareça e ser muito, mas muito feliz!

Infelizmente, sendo uma profissional da saúde mental, lido diariamente com os dramas de cada um que me busca. Como vivemos no planeta Terra e somos humanos, não é muito difícil que alguns dramas se assemelhem. É claro que cada um de nós é único e vai experimentar a vida de forma singular, ou seja, cada um carrega sua subjetividade e tem uma história para contar. Mas alguns temas chave se repetem, como: problemas em casa, com a família, insatisfação no trabalho, falta de realização na vida, sem falar nos sintomas psíquicos que começam a brotar paulatinamente ou de forma abrupta como uma erupção!

É aí que nós (psiquiatras) entramos. Se a psiquiatria fosse uma completa bobagem / um non-sense, aposto que não haveria essa especialidade na Medicina. Atuamos quando o sofrimento mental se torna muito intenso a ponto de prejudicar várias áreas da vida de um sujeito. A medicação ajuda a aplacar o sofrimento de forma mais rápida e por muitas vezes não será necessário usá-lo pelo resto da vida como alguns acham. Os psicotrópicos são recomendados segundo a avaliação criteriosa de um profissional que deverá acompanhar o paciente de forma regular.

Não é raro escutar alguns pacientes arrependidos dizerem:

“Se eu soubesse que o tratamento é assim, que não mudaria quem sou, eu já teria procurado um psiquiatra há mais tempo!”

Simples assim! Sem traumas, dramas e preconceito. Como deve ser feito!

O que deseja encontrar?

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